terça-feira, 21 de abril de 2009
OLIVIA DE HAVILLAND
Olivia Mary de Havilland, conhecida simplesmente como Olivia de Havilland nasceu em Tóquio, no dia 01 de julho de 1916, é uma famosa e importante atriz norte-americana.
Agraciada em duas ocasiões com o Oscar de melhor atriz, De Havilland é considerada uma das mais belas atrizes de Hollywood em sua era de ouro. O público se recorda dela como a encantadora Melanie Hamilton Wilkes, do clássico "E o Vento Levou" (1939), filme este que rendeu-lhe a primeira de cinco nomeações para um Oscar desta feita como melhor atriz coadjuvante.
Olivia era filha da também atriz Lilian Fontaine (que só ficou na profissão durante alguns anos) e é a irmã mais velha de Joan Fontaine (também atriz, que foi premiada com o Oscar de atriz em 1942).
Em meados dos anos 50 ela decidiu deixar os Estados Unidos para viver em Paris, a capital francesa, com seu marido, Pierre Galante. Em 1956 o casal teve uma filha, Gisele. Desde então ela aceitou alguns papéis em filmes, quando interessada. Olivia de Havilland mora há muitos anos, feliz em Paris. Sua filha, Giselle, decidiu seguir os passos do pai, trabalhando como jornalista na revista Paris Match, onde seu pai havia trabalhado durante anos.
Olivia e sua irmã mais nova, Joan Fontaine já tiveram várias brigas famosas. As duas não se falam desde 1975.
A família De Havilland mudou-se de Tóquio para Saratoga na Califórnia quando Olivia tinha apenas dois anos de idade. Olivia estudou na Los Gatos High School em Los Gatos e no Convento de Garotas Católicas de Notre-Dame em Belmont. Hoje, a escola de Los Gatos possui um prémio para jovens actores com o nome da actriz.
A carreira de Olivia começou contracenando com Joe E. Brown em Alibi Ike em 1935. Ela apareceu como Hérmia em Sonho de uma Noite de Verão, sua primeira produção teatral, no Hollywood Bowl. A produção teatral foi mais tarde transformada em um filme de 1935 com o mesmo elenco dos palcos.
Olivia contracenou com Errol Flynn em oito filmes entre 1935 e 1941, formando uma das mais conhecidas parcerias no ecrã. O primeiro filme foi Captain Blood (1935, Capitão Blood em Portugal), seguindo-se The Charge of the Light Brigade (1936), It's Love I'm after (1938), The Adventures of Robin Hood (1938, As Aventuras de Robin Hood em Portugal), Dodge City (1939), castigada com uma personagem secundária por Jack Warner em The private lives of Elizabeth and Essex (1939, Isabel de Inglaterra em Portugal) por ter feito Gone with the wind, Santa Fe Trail (1940) e por fim They died with their boots on (1941). Olivia devia ainda ter contracenado com Flynn em The Sea Hawk (1940, O Falcão dos Mares em Portugal), mas encontrava-se indisponivel, a filmar outro filme, sendo substituída por Brenda Marshall.
Durante os primeiros anos da década de quarenta, são famosos ainda os seus desempenhos em The Strawberry Blonde com James Cagney (1941), In this our life com Bette Davis e The Male Animal com Henry Fonda, ambos de 1942.
Sua carreira alterou-se permanentemente quando interpretou Melanie Wilkes na adaptação cinematográfica de Gone With the Wind de 1939. Por este desempenho ela recebeu a primeira de cinco nomeações para um Oscar desta feita como Melhor Actriz Secundária. Dos quatro actores principais do filme (as outras: Clark Gable, Vivien Leigh e Leslie Howard), Olivia é a única ainda viva. Ironicamente, sua personagem é a única das quatro a morrer no filme.
Em 1941, Olivia tornou-se uma cidadã naturalizada dos Estados Unidos. Olivia e sua irmã foram indicadas para o Oscar de Melhor Actriz Principal em 1942. Joan pelo filme "Suspeita" de Alfred Hitchcock e Olivia com "Porta de Ouro". Joan ganharia a estatueta, recusando-se a deixar irmã cumprimentá-la. Anos mais tarde o inverso ocorreria: Olivia ganhou o prémio em 1947 e não deixou sua irmã cumprimentá-la.
Foi durante a época da indicação ao Oscar que Olivia percebera seu verdadeiro potencial artístico. Frustada pelas ofertas de papéis que recebia por parte do estúdio Warner Brothers para quem trabalhava, começou a recusar os filmes que lhe eram oferecidos. A lei permitia que os estúdios suspendessem o contrato de actores que recusassem filmes. Na teoria isso permitia que os estúdios mantivessem controle indefinido sobre um contrato não-corporativo. Muitos aceitavam essa situação, enquanto poucos tentavam mudar o sistema (o caso mais notável sendo o de Bette Davis, que abriu um processo mal-sucedido contra a Warner Bros. na década de 1930). Olivia contudo ganhou e rescindiu o contracto, podendo fazer filmes em qualquer estúdio. Por causa disto, o seu último filme para a Warner só foi distribuido em 1946, com três anos de atraso.
A qualidade e variedade dos papéis oferecidos à ela começou a melhorar. Ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz em 1947 e 1950 com os filmes To Each His Own (no Brasil, Só Resta Uma Lágrima) e The Heiress (em Portugal, A Herdeira, no Brasil, Tarde Demais). E foi recompensada pelo seu desempenho em The Snake Pit (no Brasil A Cova da Serpente) de 1948 com mais uma nomeação para o Oscar. Este foi um dos primeiros filmes a mostrar o ponto de vista da sociedade de uma pessoa que sofre de uma doença mental.
Olivia apareceu esporadicamente nos filmes após a década de 1950. Ela recusou o papel de Blanche DuBois em A Streetcar named Desire (Uma Rua Chamada Pecado), personagem cujo desempenho traria a Vivien Leigh um Oscar de Melhor Atriz, citando a natureza da personagem como a maior razão para ela ter feito isso.
Em 1964 substituiu Joan Crawford em Hush... Hush... Sweet Charlotte, contracenando pela última vez com Bette Davis de quem ficara amiga durante os seus anos na Warner.
Olivia actuou até a década de 1980, sobretudo em televisão nos últimos anos. Em 2007, recebeu um convite para voltar ao trabalho, depois de mais de 20 anos afastada, desta vez no filme I-59 South, que tem previsão de lançamento para o fim de 2009, ano em que completa 93 anos de idade.
Em 2006, numa sessão de um ciclo a si dedicado, afirmou que estava a preparar uma autobiografia.
Prêmios e Indicações:
Indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjvuvante por E o Vento Levou (1939).
Indicada 4 vezes ao Oscar de Melhor Atriz, por "Porta de Ouro" (1941), "Só Resta uma Lágrima" (1946), "Na Cova das Serpentes" (1948) e "Tarde Demais" (1949). Venceu por "Só resta uma Lágrima" e "Tarde Demais".
Volpi Cup
Ganhou o Volpi Cup de Melhor Atriz no Festival de Veneza, por Na Cova das Serpentes (1948).
Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz, por Tarde Demais (1949).
Indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz - Drama, por Eu Te Matarei, Querida (1952).
Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante - Mini-série/Série/Filme para TV, por Anastacia (1986).
Foi casada duas vezes, primeiro com Marcus Goodrich (1946 a 1953) com quem teve um filho e com Pierre Galante (1955 a 1979), com quem teve outro filho.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Impressionante a inimizade entre as duas irmãs! Olivia deve ter sido uma mulher bem especial, que impunha respeito, já que foi poupada pelo Dom Juan Errol Flynn.
Inacreditável que Olivia nunca tenha sucumbido ao charme de Errol Flynn.
Gosto das duas irmãs, e acho uma pena esta inimizade das duas.Poderiam ter feito algum filme juntas.
Siby13: a famosa briga de Olivia com a irmã Joan já dura mais de setenta anos. Olivia se recusou a interpretar Melania Hamilton se fosse dado a Joan aquele de Scarlet O'Hara em "...E o vento levou". Foi dado a Vivien Leigh.
Nenhuma compareceu á entrega do Oscar da outra. Briga de quase um século, cuja causa é desconhecida.
Postar um comentário