terça-feira, 7 de abril de 2009

MAE WEST



















Nascida Mary Jane West no dia 17 de Agosto de 1893, em Woodhaven, Nova York e falecida no dia 22 de Novembro de 1980, vítima de derrame cerebral, em Hollywood, California, Mae West foi uma atriz americana.
Filha do boxeador Jack West e de mãe francesa, começou aos 5 anos a trabalhar no teatro. Estudou bailado, atuou em espetáculos de variedades e em 1918 lançou o "shimmy" tipo de dança que alcançou grande popularidade nos anos 20. Escreveu novelas como "The Constant Sinner" e numerosas comédias, como "Diamond Lil", caracterizadas pelo tom frívolo e picante. Algumas delas foram interpretadas pela própria Mae no teatro e no cinema.
Desde o começo da carreira, no "Caf'Conc", em 1917, ela já chamava atenção com sua voz quebrada, a silhueta de formas pronunciadas e a atitude provocante. Converteu-se em pouco tempo no que se chama uma estrela.
Sua consagração teatral veio em 1926, com a peça "Sex", de sua autoria. A peça narra a história de uma prostituta do porto de Nova York. Tanto o texto quanto a forma de atuar de Mae West eram de tal forma insólitos para a época, que os jornais se negaram a dar publicidade à obra. Apesar disso, o espetáculo resistiu a 375 apresentações com a casa lotada, até que a Sociedade para a Supressão do Vício conseguiu retirar a peça de cartaz. A autora foi condenada a 8 dias de prisão, por "corromper a juventude".
Em 1928 escreveu "Diamond Lil", que mais tarde se converteria em um filme com a descoberta de Cary Grant por Mae West. Uma nova versão desse filme foi rodada na década de 50. Anos mais tarde ele diria: "Convenci-me de que se pode dizer tudo em cena, sob a condição de utilizar um tom irônico." Sem dúvida, era necessária toda a ironia de Mae West para que os ousados diálogos de suas obras fossem tolerados em 1928.
No ano de 1932 chegou a Hollywood com um contrato da Paramount de 5.000 dólares por semana. Trabalhou sucessivamente em "Night After Night", "She Done Him Wrong" (que bateu todos os recordes de bilheteria) e em "I'm no Angel", todos eles filmes sem mensagens substanciais e de cujos roteiros participou, que destacavam seu "toque" sexy.
Durante todo esse período, o mito de Mae West, languidamente estendida em um sofá, ou envolvida por uma pele branca de raposa com um pródigo decote e uma das mãos apoiada na cadeira, invade a América.
Sua foto pulula nos quartéis, os adolescentes a escondem em seus livros, os choferes a exibem em seus caminhões. Seu nome lembra o pecado tal como ele era concebido pela puritana América da época.
O busto avantajado levou-a inclusive a "participar do esforço de guerra": A RAF (aviação inglesa) deu seu nome aos coletes salva-vidas.
Os anos 50 e a modificação da imagem da mulher viram Mae West afastar-se do cinema. Porém não do show business. Organizou então uma turnê por night-clubs, onde cantava seus êxitos de antes da guerra, cercada por jovens embevecidos muito mais por suas expressões corporais que por seu talento.
Em 1955, a atriz publicou a coletânea de suas canções: "The Fabulous Mae West". Em 1966, dois álbuns de rock com membros do famoso conjunto inglês "The Beatles".
Desde então, só apareceu em dois filmes: "Myra Breckenbridge", em 1969, e "Sextet" (Sesteto), em 1978, este último baseado em sua primeira obra, de 52 anos atrás.
Mae foi casada duas vezes e não teve filhos. Faleceu no dia 22 de Novembro de 1980 aos 87 anos, após sofrer uma série acidentes vasculares cerebrais.

Um comentário:

luiz fernando disse...

Bom o artigo. Mae West era uma mulher corajosa e a frente do seu tempo. Suas frases hoje são lendárias.