domingo, 28 de dezembro de 2008

BETTE DAVIS
















Bette Davis, nome artístico de Ruth Elizabeth Davis, nasceu em Lowell, Massachussets, no dia 5 de Abril de 1908 — e faleceu em Neuilly, em 6 de outubro de 1989) foi uma atriz norte-americana de cinema, televisão e teatro.
Após alguns anos trabalhando no teatro, Davis mudou-se para Hollywood em 1930, onde interpretou papéis menores em cinco filmes da produtora Universal Studios. Em 1932, por influência do ator veterano George Arliss, seu antigo professor de interpretação, ela foi contratada pela Warner Bros., onde permaneceu até 1950, tornando-se uma das mais populares atrizes da época.
Primeira atriz a receber dez indicações ao Oscar, Davis foi vencedora de duas estatuetas, por Perigosa (1935) e Jezebel (1938). Ao lado do ator John Garfield, fundou e comandou a Hollywood Canteen, que angariava fundos e entretia soldados norte-americanos durante a segunda guerra mundial. Davis foi a primeira mulher a presidir a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Seus pais foram Ruth Favor ("Ruthie") e o advogado Harlow Morrel Davis, descendente de uma família de pioneiros que no século XVII se estabeleceu na costa leste dos Estados Unidos.
Um fato marcante de sua vida foi o abandono da sua família pelo pai, o que acabou por fortalecer a relação de Bette com a mãe, que sustentou as duas filhas trabalhando como fotógrafa em Boston. Segundo Bette Davis, "Não existia a palavra impossível para minha mãe".
Davis estudou na Cushing Academy em Ashburnham, Massachusetts, onde conheceu seu primeiro marido, Harmon O. Nelson, conhecido como "Ham". Em 1926, ela viu a peça The Wild Duck, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, estrelada pelas atrizes Blanche Yurka e Peg Entwistle. Davis posteriormente revelaria que a experiência cimentou sua escolha pela carreira artística: "Antes da peça começar, eu queria ser atriz. Ao final, eu tinha que ser uma atriz... exatamente como Peg Entwistle".
Primeiramente, Davis tentou a Eva LeGallienne's Manhattan Civic Repertory, mas foi recusada quando a própria LeGallienne a acusou de ser uma "menina frívola" cujas intenções para com o teatro não seriam "sinceras". Porém, foi aceita pela John Murray Anderson School of Theatre, onde também estudou dança com Martha Graham.
Concluídos seus estudos, a jovem atriz foi contratada pela companhia de teatro de George Cukor, onde conseguiu seu primeiro papel pago em uma peça, Broadway. Demitida pouco tempo depois, Davis realizou seu antigo sonho, interpretando o mesmo papel de Peg Entwistle em uma nova montagem de The Wild Duck. Depois de atuar na Philadelphia, Washington e Boston, ela fez sua estréia na Broadway em 1929, com a peça Broken Dishes. Notada por um caçador de talentos da Universal Pictures, Davis foi convidada para um teste em Hollywood.
Ela casou-se com o artista e pintor William Grant Sherry, em 1945. Após o casamento, a diferença de sucesso e remuneração levou o casamento a tensão e brigas.
Em The Corn is Green (de 1945), Davis fez o papel de uma professora. Para o filme Davis engordou 14 quilos e teve sua aparência mudada para parecer mais velha (ela tinha 36 anos na época e deveria parecer que tinha 50). O filme foi bem recebido pelos críticos mas não teve grandes audiências. A Stolen Life (de 1946) recebeu críticas discretas. Ele foi seguido por Deception (1946), o primeiro de seus filmes a perder dinheiro.
Em 1947, Davis deu a luz a sua primeira filha, Barbara. Na época pensou que sua carreira estava acabada por estar tão envolvida na maternidade. Seu relacionamento com Sherry começou a deteriorar e ela continuou a fazer filmes, mas sua popularidade com as audiências estava em declínio. Depois de Beyond the Forest (de 1949), Jack Warner liberou Davis de seu contrato com a Warner Bros., atendendo a seu pedido.
O próximo filme Newsweek foi tão mal recebido pela crítica que o jornal Los Angeles Examiner, escreveu que aquilo era "uma histeria e superexposição por Sheer", e descreveu o filme como "um infeliz final de uma carreira brilhante".
Em 1989, em viagem à Espanha para ser homenageada no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, Davis teve problemas de saúde. Debilitada para fazer uma longa viagem de volta aos Estados Unidos, Davis viajou até a França onde foi internada no hospital americano de Neuilly-sur-Seine. Ela morreu no dia 6 de outubro e, em sua sepultura está escrito: "She did it the hard way" ("Ela foi pelo caminho difícil").
Recebeu dez nomeações oficiais na categoria de Melhor Atriz e uma sem estar nos boletins de voto. Até 2006, só duas atrizes tiveram nomeações nessa categoria: Katharine Hepburn e Meryl Streep.
Os filmes por que foi nomeada são:
1934 - Of Human Bondage (o seu nome foi inscrito diretamente nos boletins de voto, ficou em terceiro lugar, deixando uma das três nomeadas oficiais com menos votos).
1935 - Dangerous (venceu)
1938 - Jezebel (venceu)
1939 - Dark Victory
1940 - The Letter
1941 - The Little Foxes
1942 - Now, voyager
1944 - Mrs. Skeffington
1950 - All About Eve
1952 - The Star
1962 - What Ever Happened to Baby Jane?BAFTA (Reino Unido)
1962 - Recebeu uma indicação na categoria de Melhor Atriz Estrangeira, por What Ever Happened to Baby Jane?. Prêmio César (França)
1986 - Ganhou um Cesar honorário. Festival de Cinema de Cannes (França)
1950 - Venceu na categoria de Melhor Atriz por All About Eve. Festival de Cinema de Veneza (Itália)
1937 - Venceu na categoria de Melhor Atriz por Kid Galahad.
Bette Davis foi homenageada pela cantora Kim Carnes com a canção Bette Davis Eyes, de 1981, e por Madonna, no seu hit Vogue, de 1990, que traz um verso homenageando várias estrelas do cinema, como Greta Garbo, Katharine Hepburn e Ginger Rogers.
O nome de Bette Davis foi citado na canção "Desolation Row", de Bob Dylan, no álbum Highway 61 Revisited.
Quando foi assinar seu primeiro contrato em Hollywood, a Universal Pictures queria que ela alterasse seu nome artístico para Bettina Dawes.
Foi a primeira mulher a ser presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficass. Ela renunciou ao cargo dois meses após tomar posse, reclamando que os integrantes da Academia apenas a queriam como Presidente para ser um mero elemento figurativo.
Foi indicada ao Oscar em 5 anos consecutivos, de 1938 a 1942, sendo a atual recordista de indicações seguidas ao lado da atriz Greer Garson.
Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma referente ao seu trabalho no cinema e outra referente ao seu trabalho na televisão. Elas estão localizadas em 6225 Hollywood Boulevard e 6233 Hollywood Boulevard.
O diretor Steven Spielberg comprou os dois Oscars ganhos por Bette Davis em leilões ocorridos, entregando ambas as estatuetas para que ficassem aos cuidados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

6 comentários:

Roderick Verden disse...

Bette Davis era uma figura fascinante. Dizia que nenhum de seus ex-maridos se tornaram amigos dela:"se aconteceu separação, não há como ser amiga de um-esposo". Afirmou que Errol Flynn foi o maior galã que conheceu, conquistando todas as atrizes que contracenavam com ele, que chegou a dizer para Bette: "Só falta você". Ao que ela retrucou: "Você não se atreveria?!" Flynn: "Acho que não". Tenho dúvidas quanto ao caráter de sua rival Joan Crawford, no entanto, Bette Davis parecia ser uma mulher honesta e honrada!

Gene Eliza Tierney disse...

Eu também acredito que sim, embora nas telas eu ainda prefira a Joan, mas fora do glamour, todos sabemos que Joan foi bem safada, foi para cama com vários homens, fez o que fez com os filhos adotivos e odiava Bette Davis na vida real.
Bette ficou imortalizada tanto que fizeram para ela uma música em 1981chamada "Bette Davis´ eye", aliás, foi a Kim Carnes!
Beijos Roderick e obrigada pelo comentário!

Anônimo disse...

Bette Davis é sem dúvida uma atriz memorável no olímpio do cinema.Seus olhos penetravam até a alma daqueles que ainda hoje se encantam com seu brilho.

Magom disse...

Oi,
Parabéns pelo blog.
Você acha a Joan melhor que a Betty?
Puxa!
Cadê a Audrey Hepburn? Não achei o rosto mais lindo da história do cinema, na minha opinião.

Andres Bandeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sofia disse...

Até que enfim achei alguém q disse uma grande verdade: Joan foi melhor atriz que Bette sim. Pelo q li, atrizes com Garbo (a melhor p/ mim), Hepburn (amo), Shearer e Bette escolhiam os melhores papéis, já a Joan sempre ficava com os restos na MGM, se ficando com os restos ela foi grande, imagine se tivesse escolhido os melhores papéis? E li a biografia das duas, honestamente, nenhuma das duas pareciam boas pessoas, porém ñ acredito q aquilo sobre Joan e os filhos adotivos seja verdade. Adoro seu blog. Estou endo todos os post.